domingo, 30 de agosto de 2009

ESPAÑA


Chabrier pode ser considerado um impressionista precursor: era admirado por Debussy e Ravel e amigo de Manet. Ao reunir material para a sua peça orquestral mais famosa, España, trabalhou como um pintor ao "ar livre", recolhendo melodias de dança e ritmos de castanholas nas ruas da Andaluzia e depois transformando-os numa partitura caleidoscópica para ampla orquestra.

(...)

Essa obra é uma colagem de danças espanholas coletadas nas ruas da Andaluzia. Precursora do Bolero de Ravel, sua orquestração é bem peculiar. Emmanuel Chabrier a descreve como uma "peça em fá maior, e nada mais". Stravinsky e Poulenc estavam entre seus admiradores.

(BURROWS, John [et al.]. Guia ilustrado Zahar música clássica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 344)

Foi amigo dos indépendants de então, dos pintores impressionistas. Foi amigo dos poetas simbolistas, mas sem o decadentismo melancólico que estes últimos cultivaram. Chabrier, esse enfant terrible da renovação da música instrumental francesa, teve o humor especificamente francês, a vis gallica dos ritmos picantes. Essa verve manifesta-se em muitas obras suas, das quais só a rapsódia sinfônica España (1883) teve sucesso ruidoso, porque foi entendida como peça de exotismo impressionista; é a obra precursora do espanholismo de Debussy e Ravel.

(CARPEAUX, Otto Maria. Uma nova história da música. 3ª ed. Rio de Janeiro: Alhambra, 1977, p. 253)

http://www.mediafire.com/download.php?etqegjunnyi

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