quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Symphony in D Minor


César Franck (1822-1890) (...) foi organista da igreja Sainte Clotilde, em Paris, onde Lizt o ouviu, com admiração profunda, improvisar no instrumento. Não foi publicamente reconhecido nem teve encorajamento oficial, apesar de ter-se naturalizado cidadão francês. O Conservatório também só o admitiu tarde no seu corpo docente, e só como professor de órgão. O sucesso foi pouco; e só veio nos últimos anos da vida. Mas não foi uma vida frustrada, porque o amor e a dedicação, quiase a devoção de alunos e discípulos lhe garantiu a sobrevivência da Obra.

(...)

O ambiente parisiense de então, hostil ou indiferente à música sinfônica e de câmara, é responsável pela demora do reconhecimento do valor de Franck. Mas também são responsáveis por isso o amadurecimento tardio e a conscienciosidade escrupulosa do mestre. Foi homem tão profundamente religioso como Bruckner. Mas seu catolicismo não é o dos mosteiros barrocos na paisagem alpina. É o catolicismo da igreja neogótica de Ste. Clotilde em Paris. (...)

O público conhece Franck principalmente pelas obras sinfônicas, camerísticas e pinaísticas, que são poucas. Pois sua meticulosidade escrupulosa lhe impunha a regra de escrever só uma obra de cada um dos gêneros, para dizer nela tudo que tinha de dizer. A Sinfonia em ré menor (1881) é uma das maiores do século XIX: alguns descobrem nela um programa religioso, outros a expressão de filosofia pessimista e estóica; mas é música absoluta.

(CARPEAUX, Otto Maria. Uma nova história da música. 3ª ed. Rio de Janeiro: Alhambra, 1977, p. 249-250)

http://www.mediafire.com/download.php?wkt3mfmzmzx

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